Todo mundo precisa de remédio de vez em quando



domingo, 26 de dezembro de 2010

Sale el sol - Shakira



Estas semanas sin verte, me parecieron años. Tanto te quise besar que me duelen los labios. Mira que el miedo nos hizo cometer estupideces, nos dejó sordos y cegos, tantas veces.

Y un día después de la tormenta, cuándo menos piensas sale el sol.
De tanto sumar pierdes la cuenta, porque uno y uno no siempre son dos.
Cuándo menos piensas sale el sol

Te lloré hasta el extremo de lo que era posible, cuándo creía que era invencible. No hay mal que dure cen años, ni cuerpo que lo aguante, y lo mejor siempre espera adelante.

Y un día después de la tormenta, cuándo menos piensas sale el sol.
De tanto sumar pierdes la cuenta, porque uno y uno no siempre son dos.
Cuándo menos piensas sale el sol

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Paula e a Psicóloga



É. Nem eu acredito. Como o título sugere, eu fui sim numa psicóloga. Mas espera aí, que tem explicação.

Eu já nasci com um dispositivo não-desligável de ansiedade permanente. Desde o prézinho que eu sonho em fazer uma faculdade e ter uma profissão. Acabou que eu fiz magistério e não gostei. Cai de para-quedas em administração e, claro que pra dar aquele tchan na minha vida, me formei e fiquei na dúvida.

Pra confirmar ou pra partir pra outra, eu queria porque queria fazer um teste vocacional. Os da internet nunca me deram opções sequer aceitáveis. Depois de meses pensando, meses ensaiando, meses indecisa, acabei por pegar o telefone e ligar pra marcar um belo de um teste.

- Você já é paciente dela?

Hum. Paciente? Eu não. Paciente lembra doença e eu estava sãzinha. Paciente, ora essas...

- Sábado às 9:00 está bom?
- Acho que sim.

E lá fui eu num sábado de manhã descobrir o que eu nasci para fazer. Fiquei ansiosa e cheguei muito cedo. Andei pra lá, andei pra cá, dei a volta em alguns quarteirões e toquei a campainha. Claro que com muita discrição. O que as pessoas iriam pensar se me vissem ali, em frente a uma clínica de psicologia?

Fui muito bem recebida. Elas devem ter feito isso porque nunca se sabe quando vai chegar um louco lá, não é mesmo? (affff)

A psicóloga me levou por um corredor comprido, na sala dela. Tinha várias salinhas de cada lado e, como as portas estavam abertas, pude ver que todas elas tinham um sofá, cortina, uma cadeira e mesa de médico. Dei risada. É tudo bem como a gente imagina mesmo. E eu ri porque com certeza a sala de teste vocacional seria algo bem menos clichê (afinal era teste vocacional, não terapia).

Pois não é que a sala dela era igualzinha às outras? Igualzinha... Oxe...

- Paula, pode sentar onde você quiser. Alguns preferem sentar mais na ponta, outros mais no meio... Fique onde você se sentir confortável.

Pronto. Foi o suficiente pra eu encanar. Sentar onde eu quiser? Lógico que eu ia sentar onde eu quisesse. O pior foi o tom. Calmo. Tranquilo.
Ela pegou umas folhas, uma prancheta e sentou na cadeira, olhando pra mim.

- Você se importa se eu anotar algumas coisas?

E então nós começamos. Olhei pra todos os lados procurando um computador, ou apostilas, ou folhas avulsas dos testes que eu iria fazer. Estava feliz porque eu finalmente saberia se estava ou não no caminho certo. Que alívio seria! Quanto tempo será que ia demorar? Porque eu estava pagando bem carinho pra não sair dali com uma resposta. Pensei com os meus botões que talvez acabasse umas onze, ou um pouco depois.

- Então, Paula. Conta pra mim um pouquinho da sua vida. Quem é a Paula?

Bom, devia fazer parte do teste, né? Ou vai ver que ela estava só querendo fazer amizade.

Mas não. Não. Não. Não. Não. A bandida fez todas aquelas perguntas que no final vão fazer ela achar que a culpa de tudo na sua vida é da sua mãe. Todas aquelas perguntas que você pensa bem se vai ser sincero ou não. Todas aquelas perguntas que fazem você querer chorar porque sua vida é um desastre.

Perto das dez ela já foi cortando o assunto e eu pensei: é só isso? Toda aquela fortuna por só isso? Uma hora de perguntas que eu nem queria responder? Vim pra casa com a cara pegando fogo de raiva.

Eu fui analisada!

E eu nem queria terapia!

Eu só queria que ela dissesse pra mim que eu serei uma boa administradora ou que era pra eu prestar vestibular pra zootecnia! Eu me meto em cada uma, viu?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Era bem o que eu precisava



"Teme menos, espera más; come menos, mastica más; quéjate menos, respira más; habla menos, da más; odia menos, ama más; y todas las cosas serán tuyas"

Provérbio Sueco

sábado, 16 de outubro de 2010

Quase 31 coisas na minha casa

Sabadão sem muita coisa pra fazer, em casa esperando das 20:00 hrs pra sair com meus amigos. Cansada de msn, twitter e orkut. Vamos fazer o que, então? Brincar de tirar foto, claro.

Dificuldade #1: Hei, por que minha câmera digital não está funcionando?
Dificuldade #2: Oxe, vou tirar foto do quê?
Dificuldade #3: Tarde nublada não tem muita luminosidade, né?
Dificuldade #4: Não cabe numa postagem as 31 fotos que eu tirei.








terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mega Sena



Eu nunca me interessei muito em apostar na Mega Sena. Pra falar a verdade eu nunca tinha apostado antes desse prêmio gigantesco de 115 milhões. E também não iria apostar se não tivessem me ligado avisando que iam fazer um jogo pra mim.

- Que números você quer?
- Ai, meu Deus... Assim, do nada?
- É, fala logo que eu estou na fila.

Olhei no papel de rascunho da minha mão, na hora do relógio, no arquivo aberto no computador e no celular. Talvez o mundo todo estivesse conectado a favor da minha sorte e me dando sinais. Eu só tinha que interpretá-los.

- Tá. 50, 57 e 11.
- Hum, que mais?
- Mais?
- É, Paula. Mega Sena são seis números.

Hum. Será que todo mundo sabe disso menos eu?

- Tá. 19, 02 e 35.

É claro que eu não ganhei. Não acertei nenhum número. Onde foi parar a sorte de principiante? Não era pra eu ter ganho essa? Deeeer, claro que não. Mas até umas oito horas da noite eu fiquei pensando: o que eu faria com todo aquele dinheiro?, como se eu realmente fosse ganhar.

É claro que a cabeça da gente voa, e a minha voa mais ainda por natureza. Primeiro eu tiraria umas férias do meu emprego pra poder curtir meu caso de amor com meus milhões (só metade do prêmio porque eu tinha prometido dividir). Acho que daí eu compraria tudo que sempre quis e me refreei, coisas toscas mesmo: os livros da Marian Keyes pra completar minha coleção, os novos DVDs de Smallville, adesivos decorativos pra pôr na parede do meu quarto, um quadro de tulipas, um rádio bom, mais roupas, mais perfumes e, claro, mais sapatos.

Munida dessas coisas eu iria à caça do meu carro novo, que não precisaria mais ser usado. E daí compraria uma casa também e tudo pra colocar dentro dela. Daí é claro que eu teria que contratar um decorador porque senão ia ser tudo rosa, amarelo, azul claro e vermelho. E ia também contratar algumas pessoas porque eu odeio organizar, arrumar e limpar. Que vida feliz que seria!

Próximo rombo no orçamento: viagens! Eu iria pra tudo quanto é lugar. Da Favela da Rocinha à Grécia. Finalmente ia ter um passaporte e ia fazer questão de carimbar qualquer lugarzinho em branco que ainda restasse. Daí, só pra não bater aquela depressão de quem não tem o que fazer – porque eu ainda estaria de férias do meu emprego – eu faria vários cursos, de línguas, de artesanato, de lutas... tudo!

Todo mundo sabe que foi somente uma pessoa que ganhou. E, como já disse, não fui eu. Pra me consolar vou continuar tentando me convencer de que a vida pra quem tem tanto dinheiro assim não tem graça. (Vai sonhando)