
Semana passada eu assisti um filme daqueles do tipo que eu adoro e meu namorado odeia: romance meloso. Podem ser todos iguais, terem finais previsíveis e não servirem pra nada além de suspirar, mas eu gosto mesmo assim.
O filme se chama “500 dias com ela” e é uma gracinha, bem daqueles que eu gostaria de ter escrito, porque é tudo que eu penso. Não dá pra descrever direito, tem que assistir. Ou melhor ainda, passar pela história.
O Tom é uma gracinha de menino apaixonado. Enquanto eu assistia, tinha uma vontade incrível de ser a Summer de alguém, de deixar alguém tão feliz somente pelo fato de existir e estar ali, presente. Ah, vá... vai dizer que você não acredita em contos de fadas? Eu sempre acreditei e não estou nem aí pra quem me acha boba (inclusive eu mesma).
* Pausa para falar de contos de fadas *
Sim, príncipes encantados existem. O problema é que nós temos uma visão distorcida do que é um príncipe encantado. E isso é tudo culpa dos livros, das músicas, dos filmes. Você já reparou que todos os contos, TODOS, tratam só do começo da relação? Acabam bem na hora que eles se casam, geralmente pouquíssimo tempo depois de ficarem juntos. Todo começo é perfeito, cheio de emoção, paixão, vontade... E daí alguém inventou aquele “E viveram felizes para sempre” pra não decepcionar a gente com o que sempre vem pela frente.
* Voltando sobre o filme *
Claro que todo filme de romance tem alguma decepção no caminho, faz parte do roteiro. E que tombo que o Tom levou. E puxa vida, eu conheço direitinho todo o caminho pra frente, igualzinho igualzinho. E então eu percebi que na verdade, não sou a Summer de ninguém, eu sou o Tom. Que coisa, né? A gente nunca pode ser o que quer.